Guinée-Bissau

Code de procédure pénale (1993)

Le texte en français est une traduction du portugais par Jacques Leclerc.

Decreto-Lei nº 5/93, de 13 de Outubro

Código de Processo Penal

Artigo 46º

Extensão do regime

As disposições deste capítulo aplicam-se aos peritos, intérpretes e funcionários de justiça, com as necessárias adaptações.

Artigo 86º

A língua a usar nos actos

1) Sob pena de nulidade insanável, nos actos processuais escritos utiliza-se a língua portuguesa.

2) Nos actos processuais orais, oficiosamente ou a requerimento, poder-se-á determinar o uso do crioulo, dalgum dialecto usado pelas diversas etnias da Guiné--Bissau ou de língua estrangeira.

3) Para a redução a escrito das declarações em que não tenha sido usada a língua portuguesa, é obrigatório nomear interprete.

Artigo 87º

Nomeação do intérprete

1) Para além da situação referida no artigo anterior é obrigatório nomear intérprete:

a) Se for necessário traduzir documento que não esteja redigido em língua portuguesa e não venha acompanhado de tradução autenticada;

b) Se deverem prestar declarações de surdo que não saiba ler, mudo que não saiba escrever ou surdo-mudo que não saiba ler nem escrever.

2) O intérprete nomeado presta o seguinte compromisso:

“Comprometo-me por minha honra a desempenhar fielmente as funções que me são confiadas.”

3) Ao interprete é correspondentemente aplicável o disposto no artigo 46º.

Décret-loi n° 5/93, du 13 octobre

Code de procédure pénale

Article 46

Extension du régime

Les dispositions du présent chapitre s'appliquent aux experts, aux interprètes et au personnel judiciaire, avec les adaptations nécessaires.

Article 86

La langue à utiliser dans les actes

1) Sous peine de nullité irrémédiable, les actes de de procédure écrite doivent utiliser la langue portugaise.

2) Dans les plaidoiries orales, de sa propre initiative ou sur demande, il est possible de décider d'utiliser le crioulo ou le dialecte employé par les différents groupes ethniques de la Guinée-Bissau ou une langue étrangère.

3) Pour la réduction par écrit des déclarations où le portugais n'est pas utilisé, il est obligatoire de désigner un interprète.

Article 87

Désignation d'un interprète

1) En plus des dispositions mentionnée à l'article précédent, il est obligatoire de désigner un interprète :

a) S'il est nécessaire de traduire un document qui n'est pas rédigé en portugais et n'est pas accompagné d'une traduction certifiée ;

b) S'il est nécessaire de recevoir le témoignage d'une personne sourde qui ne sait pas lire ni écrire, ou une personne sourde-muette qui ne sait pas lire ni écrire.

2) L'interprète désigné doit prêter le serment suivant :

«Je promets sur mon honneur d'exercer fidèlement les fonctions qui me sont confiées.»

3) Les dispositions de l'article 46 s'appliquent aussi à l''interprète.

Guinée-Bissau