| Lei n.º 32/2003, de 22 de Agosto Artigo 7.º
 Princípio da cooperação
 
 O Estado, os concessionários do serviço público e os restantes 
			operadores de televisão devem colaborar entre si na prossecução dos 
			valores da dignidade da pessoa humana, do Estado de direito, da 
			sociedade democrática e da coesão nacional e da promoção da língua e 
			da cultura portuguesas, tendo em consideração as necessidades 
			especiais de certas categorias de espectadores.
 
 Artigo 10.º
 Fins dos serviços de programas generalistas 1) Constituem fins dos serviços de programas televisivos 
			generalistas: 
				a) Contribuir para a informação, formação e entretenimento do 
			público;
 b) Promover o exercício do direito de informar e de ser informado, 
			com rigor e independência, sem impedimentos nem discriminações;
 
 c) Favorecer a criação de hábitos de convivência cívica própria de 
			um Estado democrático e contribuir para o pluralismo político, 
			social e cultural;
 
 d) Promover a cultura e a língua portuguesas e os valores que 
			exprimem a identidade nacional.
 2) Constituem ainda fins dos serviços de programas televisivos 
			generalistas de âmbito regional ou local: 
				a) Alargar a programação televisiva a conteúdos de índole regional 
			ou local;
 b) Preservar e divulgar os valores característicos das culturas 
			regionais ou locais;
 
 c) Difundir informações com particular interesse para o âmbito 
			geográfico da audiência.
 Artigo 40.º Defesa da língua portuguesa 1) As emissões devem ser faladas ou legendadas em português, sem 
			prejuízo da eventual utilização de qualquer outra língua quando se 
			trate de programas que preencham necessidades pontuais de tipo 
			informativo ou destinados ao ensino de idiomas estrangeiros.
 2) Os serviços de programas televisivos de cobertura nacional, com 
			excepção daqueles cuja natureza e temática a tal se opuserem, devem 
			dedicar pelo menos 50% das suas emissões, com exclusão do tempo 
			consagrado à publicidade, televenda e teletexto, à difusão de 
			programas originariamente em língua portuguesa.
 
 3) Sem prejuízo do disposto no número anterior, os operadores de 
			televisão devem dedicar pelo menos 15% do tempo das suas emissões à 
			difusão de programas criativos de produção originária em língua 
			portuguesa.
 
 4) As percentagens previstas nos n.os 2 e 3 podem ser preenchidas, 
			até um máximo de 25%, por programas originários de outros países 
			lusófonos para além de Portugal.
 
 5) Os operadores de televisão devem garantir que o cumprimento das 
			percentagens referidas nos n.os 2 e 3 não se efectue em períodos de 
			audiência reduzida.
 
 Artigo 44.º
 Apoio à produção O Estado deve assegurar a existência de medidas de incentivo à 
			produção áudio-visual de ficção, documentário e animação de criação 
			original em língua portuguesa, tendo em vista a criação de condições 
			para o cumprimento do disposto nos artigos 40.º e 42.º, através da 
			adopção dos mecanismos jurídicos, financeiros, fiscais ou de crédito 
			apropriados.
 Artigo 47.º
 Obrigações específicas dos operadores que actuem ao abrigo de 
			concessão do serviço público de televisão 1) Os operadores que actuem ao abrigo de concessão do serviço 
			público de televisão devem assegurar uma programação de qualidade, 
			equilibrada e diversificada, que contribua para a formação cultural 
			e cívica dos telespectadores, promovendo o pluralismo político, 
			religioso, social e cultural, e o acesso de todos os telespectadores 
			à informação, à cultura, à educação e ao entretenimento de qualidade.
 2) Aos operadores referidos no número anterior incumbe, 
			designadamente:
 
				a) Fornecer uma programação pluralista e que tenha em conta os 
			interesses das minorias e a promoção da diversidade cultural;
 b) Proporcionar uma informação rigorosa, independente e pluralista;
 
 c) Garantir a cobertura noticiosa dos principais acontecimentos 
			nacionais e internacionais;
 
 d) Garantir a produção e transmissão de programas destinados ao 
			público jovem e infantil, educativos e de entretenimento, 
			contribuindo para a sua formação;
 
 e) Emitir programas destinados especialmente aos portugueses 
			residentes fora de Portugal e aos nacionais de países de língua 
			oficial portuguesa, igualmente residentes fora de Portugal;
 
 f) Promover a possibilidade de acompanhamento das emissões por 
			pessoas surdas ou com deficiência auditiva;
 
 g) Apoiar a produção nacional, no respeito pelos compromissos 
			internacionais que vinculam o Estado Português, e a co-produção com 
			outros países, em especial europeus e da comunidade de língua 
			portuguesa;
 
 [...]
 Artigo 48.º Concessão geral de serviço público de televisão 2) A concessão geral do serviço público de televisão realiza-se por 
			meio de serviços de programas de acesso não condicionado, incluindo 
			necessariamente: 
				a) Um serviço de programas generalista e distribuído em simultâneo 
			em todo o território nacional, incluindo as Regiões Autónomas;
 b) Um ou mais serviços de programas que transmitam temas com 
			interesse para telespectadores de língua portuguesa residentes no 
			estrangeiro e temas especialmente vocacionados para os países de 
			língua oficial portuguesa, que promovam a afirmação, valorização e 
			defesa da imagem de Portugal no mundo.
 4) A concessão geral do serviço público de televisão inclui ainda a 
			obrigação de transmitir dois serviços de programas, especialmente 
			destinados, respectivamente, à Região Autónoma dos Açores e à Região 
			Autónoma da Madeira.
 [...]
 | Loi no 32 du 22 août 2003 Article 7
 Principe de coopération
 
 L'État, les concessionnaires de service public et le reste des 
			autres opérateurs de télévision doivent collaborer entre eux dans la 
			poursuite des valeurs de la dignité humaine, de l'État de droit, de 
			la société démocratique et de la cohésion nationale ainsi que dans 
			la promotion de la langue et de la culture portugaises, en tenant 
			compte des besoins particuliers de certaines catégories de 
			téléspectateurs.
 Article 10 Buts des services de programmes 
			généralistes 1) Les services des programmes de 
			télévision généraliste font l'objet des fins suivantes: 
				a) Contribuer à l'information, à 
			l'éducation et au divertissement du public;
 b) Promouvoir l'exercice 
				du droit d'informer et d'être informé, avec rigueur et 
			indépendance, sans entraves ni discriminations;
 c) Favoriser la création d'habitudes de coexistence civique d'un 
				État démocratique et contribuer au pluralisme politique, 
			social et culturel; d) Promouvoir la langue et la culture 
			portugaise ainsi que les valeurs qui expriment l'identité nationale. 2) Font également l'objet de programmes 
			de télévision généraliste dans les langues régionales ou locales: 
				a) Élargir la programmation télévisuelle par des contenus de nature 
			régionale ou locale; b) Préserver et diffuser les valeurs 
			caractéristiques des cultures régionales ou locales;
 c) Diffuser des informations ayant un intérêt 
			particulier selon le contexte géographique de l'audience.
 Article 40 Défense de la langue portugaise 1) Les émissions doivent être orales ou sous-titrées en 
			portugais, sans préjudice de l'emploi possible de toute autre langue 
			dans le cas des programmes qui répondent à des besoins informatifs occasionnels 
			et à l'enseignement des langues étrangères. 2) Les services de programmes de télévision 
			de couverture 
			nationale, sauf ceux dont la nature et la thématique s'y opposent, 
			doivent consacrer au moins 50 % de leurs émissions à la diffusion de 
			programmes d'origine en portugais, à l'exclusion du 
			temps d'antenne consacré à la publicité, au télé-achat et aux services de 
			télétexte. 3) Nonobstant le paragraphe précédent, les télédiffuseurs 
			doivent consacrer au moins 15 % du temps de leurs émissions à la 
			diffusion de 
			programmes créés à l'origine en portugais.
 4) Les pourcentages visés aux paragraphes 2 et 3 peuvent être 
			comblés jusqu'à un maximum de 25 % des programmes des pays 
			lusophones autres que le Portugal.
 
 5) Les opérateurs de télévision doivent s'assurer que le respect des 
			pourcentages visés aux paragraphes 2 et 3 ne sont pas effectués dans des 
			périodes d'audience restreinte.
 
 Article 44
 Soutien à la production L'État doit s'assurer de l'existence de mesures appropriées pour encourager 
			la production audiovisuelle de fiction, du documentaire et de l'animation 
			destinée à la création originale en portugais, en vue de produire des 
			conditions pour le respect des dispositions des articles 40 et 42, 
			au moyen de l'adoption de mécanismes juridiques,  
			financiers, fiscaux ou de crédits appropriés.
 Article 47
 Obligations spécifiques des opérateurs agissant sous le 
			couvert d'une 
			concession de service public de télévision 1) Les opérateurs agissant sous le 
			couvert d'une concession de service 
			public de télévision doivent d'assurer d'une programmation de qualité, 
			équilibrée et diversifiée, qui contribue à l'éducation culturelle 
			et civique des téléspectateurs, à la promotion du pluralisme 
			politique, religieux, social et culturel, ainsi que l'accès 
			de tous les téléspectateurs à l'information, à la culture, 
			à l'éducation et au divertissement de qualité.
 2) Il incombe aux opérateurs de télévision visés au 
			paragraphe précédent notamment:
 
				a) De fournir une programmation pluraliste et 
				de tenir compte des 
			intérêts des minorités et de la promotion de la diversité culturelle;
 b) De fournir une information précise, indépendante et pluraliste;
 
 c) De garantir la couverture des nouvelles sur les 
				principaux événements nationaux et internationaux ;
 d) De veiller à la production et la transmission de programmes destinés 
			aux jeunes et aux enfants, au point de vue de l'éducation et du divertissement, 
				et de 
			contribuer à leur formation;
 e) De diffuser des programmes spécialement conçus pour les 
			Portugais vivant en dehors du Portugal et aux ressortissants des pays de 
			langue portugaise, également résidant hors du Portugal;
 f) De promouvoir la possibilité de suivi 
				dans les émissions pour les 
			sourds ou les malentendants;
 g) »De soutenir la production nationale, 
				dans le respect des engagements 
			internationaux qui lient l'État portugais, et la co-production avec 
				les autres pays, en particulier les pays européens et communauté de langue 
			portugaise;
 
 [...]
 Article 48 Concession générale de service public de 
			télévision 2) La concession générale de service 
			public de télévision  
			est effectuée au moyen de services de programmes dont l'accès n'est 
			pas conditionnel, y compris: 
				a) Un service de programme généraliste et distribué simultanément dans 
			tout le pays, y compris dans les régions autonomes;
 b) Un ou plusieurs services de programmes qui 
				transmettent des thèmes 
			d'intérêt pour les téléspectateurs lusophones vivant à l'étranger et 
			des thèmes spécialement conçus pour les pays de langue officielle portugaise, 
				et qui favorisent l'affirmation, l'évaluation et la défense de 
				l'image du Portugal dans le monde.
 4) La concession généraliste de 
			service public de télévision  
			comprend également l'obligation de fournir deux services de  
			programmes, destinés respectivement à la Région autonome des Açores et 
			à la Région autonome de Madère.
 [...]
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